domingo, 14 de dezembro de 2008



essa é a teia autraliana

da autralia

eis o comentário de Annie.

"Your spiderweb photo is amazing and that pink cactus flower too. I have lots of buds coming on my big cactus's and I think I have that colour. Thanks for the email. No worries about using my photo. It's not half as good as yours.
Cheers, Annie"

aumenta a teia

achei num blog de uma australiana uma terceira teia de aranha. mandei um email a ela pedindo para publicar a foto. como resposta, recebi um belo elogio pelas minhas fotos e a autorizaçao. a aranha tece a teia que nos enreda a todos. no reino unido, na australia e aqui, aranhas trabalham.

sábado, 13 de dezembro de 2008

when your face dawned

resolvi traduzir um poema de Yevgeny Yevtushen, nascido em 1933 na Sibéria perto do lago Baikal, um dos mais conhecidos poetas russos contemporâneos.

claro, traduzir livremente um poema serve apenas para dar uma pálida idéia do que o poeta diz, por mais correta que seja a tradução. poesia se lê no original. mas como não leio russo, me servi da tradução para o inglês. saibam pois que essa é a terceira camada da leitura que se pode fazer desse poeta.


Quando seu rosto se iluminou

Sobre minha vida destroçada,

Primeiramente compreendi

Apenas a pobreza de tudo o que tenho.


Então, sua luz especial

Derramou-se sobre florestas, rios e mares

E introduziu ao mundo das cores

Meu não iniciado eu.


Tenho tanto medo, tanto medo

Que se acabe esse sol nascente inesperado,

Que se findem as revelações, lágrimas, excitamento...

Não luto, porém, contra esse medo.


Compreendo: esse medo

É o que é o amor. E guardo-o em mim,

Apesar de não saber como guardá-lo,

Descuidado guardião de meu próprio amor.


Esse medo me envolveu

Esses momentos – eu sei – são breves.

E, para mim, essas cores perderão a cor

Quando seu rosto se apagar.


When Your Face Dawned


When your face dawned

over my crumpled life,

at first I understood

only the poverty of all I have.


Then its particular light

was shed on woods, rivers, and seas

and initiated into the world of colors

the uninitiated me.


I am so frightened, I am so frightened

of the end of the unexpected sunrise,

of the end of revelations, tears, excitement,

but I don't fight with this fear.


I understand--this fear

is what love is. I cherish it,

though I know not how to cherish,

a careless guard of his own love.


This fear has encircled me.

These moments--I know--are brief,

and for me these colors will vanish

when your face sets.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

minha irmã me ensinou

quando minha única irmã se foi, desfe-se aquela fila imaginária que começava com minha mãe, seguida por mim, depois minha irmã, meus filhos e sobrinhos, ad infinitum. iam os mais velhos, ficavam os mais novos. agora, cada dia é um dia, é O dia. a cada despertar e só ao despertar, planejo um dia, só esse dia. o amanhã nunca mais fez parte de qualquer projeto que eu faça. claro, inevitável ter o pensamento recorrente de como será o futuro. é um hábito (mal hábito) que temos todos. mas esse pensamento se dilui com muito maior facilidade agora, não é importante, é bobagem que afasto do pensamento. vale mesmo o dia. ao terminar mais um, agradeço. agradeço tudo e todos. não perco mais a oportunidade de fazer o que gosto, de dizer o que penso, de escrever sobre o que sinto. tem que ser agora, hoje, ou não se sabe mais se será feito ou dito. morbidez, dirão alguns, ter o pensamento da possibilidade da morte a cada dia. não! clareza, discernimento, pé no chão. se me perguntarem se isso traz amargura, responderei que, pelo contrário, traz uma alegria íntima muito nítida. saber viver, ou procurar viver o dia da melhor maneira que sabemos, procurando aprender, prestando atenção nas pessoas, captando o entorno, como uma antena. isso é viver e não ha tristeza nisso. a gratidão sentida diariamente abranda a alma, amansa os ânimos, adoça a voz, aquece o corpo. a dor da perda da minha irmã foi uma dura lição, mas se transforma como tudo deve se transformar. a falta que ela faz dói, mas dói hoje. não projeto o que será minha velhice (se tiver uma) sem ela. isso seria inútel. tiro dessa dor a lição positiva de viver bem a cada momento.

domingo, 7 de dezembro de 2008

caetano sabe...














"Luz do sol

Que a folha traga e traduz
Em ver denovo
Em folha, em graça
Em vida, em força, em luz...

Céu azul

Que venha até
Onde os pés

Tocam a terra

E a terra inspira

E exala seus azuis...

..........."

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008














observe a diferença do tamanho da flor branca e da flor laranja à esquerda.clique na foto para aumentar.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

um cantinho


para descansar, meditar, observar a vida ao redor

o quadro de avisos foi feito com um lado de uma janela velha. a moldura foi coberta com uma chita.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

apagador


ideia pra quem tem quadro branco ou de vidro. ja que a tentação é sempre apagar com a mão e a gente odeia aquele apagador que sempre cai, por que nao usar uma luva? e quando nao está em uso, guarda as canetas.

apagador

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

certa vez, me disseram que eu era filha de Iansã. verdade ou mentira, aqui vai uma descrição das filhas de Iansã que encontrei em

http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusaiansa.htm

quem me conhece dirá!


Iansã é uma Deusa ligada à manifestação do feminino na fase crescente, trazendo em si a qualidade do movimento. Une passado com o futuro, o lado sombrio da Lua com o lado iluminado, que anuncia um novo começo. Iansã está ligada com o número 9, que é o movimento puro.

As filhas de Iansã são mulheres audaciosas, poderosas, autoritárias e dinâmicas. Estão sempre procurando algo para se ocupar, são cheias de iniciativa e determinação. São mulheres que nunca passam despercebidas, pois são combativas, teimosas e temperamentais, mas também podem ser doces e meigas, quando possuem interesse em seduzir algum homem.

A mulher-Iansã é o tipo de mulher que está mais voltada para o amor sensual do que para o amor maternal. Ama os filhos, mas consegue maior expressão quando se sente admirada e desejada por um homem, o que geralmente provoca o ciúme e a inveja das outras mulheres.

É também uma mulher que está ligada ao passado, ao coletivo, pela origem comum da necessidade fertilizadora do feminino e está ligada ao futuro pela necessidade de diferenciação, que a tirará do coletivo e a jogará sempre para frente, para o novo. É inconformada e inquieta, está voltada para o impulso de empreender coisas, de realizar seu poder criativo. A atualização dessa força criadora dependerá da forma como ela direcionar esta energia, que muitas vezes pode ser desviada para outros fins, ou ser esvaziada.

O perigo é permitir que as barreiras sociais a entravem, desviando a energia criativa para a neurose.E, a neurose é parada de movimento. Todo aquele que se recusa a viver o futuro, apegando-se ao passado, estagna.

A mulher que sente impulso para criar, para dar significado ao seu mundo, precisa ser fiel aos seus conteúdos internos, à Deusa dentro de si. O ato criativo é o processo de se arriscar, de se jogar no desconhecido, de mergulho nas fontes fertilizadoras, da viagem interna em busca da essência das coisas. O desejo de criar move o contato com o informe pela necessidade de dar forma, de arrancar da terra coisas vitais para alimentar a consciência

sábado, 1 de novembro de 2008

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A teia que a teia teceu


em agosto fotografei a teia de aranha orvalhada e postei. agora, navegando, encontro uma foto que poderia ter sido tirada da mesma teia. mas não, essa teia fica no reino unido do outro lado do mundo. a foto também foi feita numa manha de neblina por uma moça chamada sandy.

ha outra teia cósmica que não se fotografa e que une as pessoas.

a foto da teia britânica esta aqui agora, com a permissão da minha mais nova amiga.

temos trocado correspondência, como se pode ver:

Hi Sandy ,

I'm so happy you answered my email. See the attached pictures of the spider web I took last August. Very similar to yours. I've already posted your picture in my blog with a note about the coincidence. We are so far apart and yet we can think of the same things. Isn't it wonderful?

Best to you
Aurea

sandy marcoux wrote:
Wow how nice that I have someone here in the world looking at my blog from Brazil ... I am honoured .. thank you very much .. and of course you can post the picture on your blog... and I would be interested in seeing others from the other side of the globe to send me a message on my blog as well.
I will keep up with your blog and see how your getting on ..
keep in touch
Sandy Marcoux :)

On Tue, Oct 28, 2008 at 10:43 PM, Mosaicos de pano wrote:
Hi,

What a nice coincidence... I found on your blog the dewy spider web picture. Last June we had our coldest winter days here in Brazil and I also took pictures of a dewy spider web. It's in my blog. If you want to visit it, please follow this link: http://todameninatem.blogspot.com

I also have a patchwork blog at http://mosaicosdepano.blogspot.com


Do you mind if I post your picture in my blog? Of course I'll mention it's yours.

Best to you.
Aurea

domingo, 26 de outubro de 2008

A inspiração de Ulla


Esse fascinante mundo de bloggers... Descobri um blog maravilhoso de uma mulher chamada Ulla. Escrevi a ela dizendo o quanto me inspirava e eis sua resposta:


"Aurea,
Thank you so much for your email! I am happy that I can inspire you and hope you will visit again. You have some beautfiful photos on your blog, and I am delighted that you introduced it to me. Best of luck as you continue in the wonderful world of blogging!
Ulla"

O blog da Ulla fica no link: http://ullam.typepad.com/ullabenulla/page/16/
É lindo e tem um sem fim de coisas inspiradoras.

domingo, 31 de agosto de 2008

uma questão (ir)relevante

me digam, por favor, mandem comentários, mas me tirem a dúvida: blog a gente alimenta de cima pra baixo ou de baixo pra cima? ou melhor: de frente pra trás ou de trás pra frente? ou ainda: na ordem que se pensa ou na ordem em que o blog é pensado? ih, acho que isso não vai dar certo...

melhor não quero

dizem que todos devem morrer. dizem também que pra morrer, basta estar vivo. vá lá, é então inevitável. aliás, por experiência através de vários exemplos, disso também sei. posso até me fazer de besta, mas sei. vamos todos, mais cedo ou mais tarde. assim ,antes que seja tarde, quero deixar muito claro que vou quando tiver que ir mas totalmente contra a minha vontade. tem coisa melhor que estar nesse planeta? tem melhor que viver? que me provem. por enquanto só sei que viver é bom demais . se alguém voltar pra me dizer que tem coisa melhor, vou duvidar. pode ser melhor pra quem já foi, mas prefiro ficar com o meu bom aqui mesmo. o melhor que fique pra lá!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

restaure, recupere, revitalize: viva o revival


tarefa árdua e demorada. recuperar essa cadeira é a tarefa da semana.

dá o maior trabalho, mas ver surgir o móvel original debaixo da pintura tão sem graça, é uma delícia.
preciso descobrir qual a década dessa cadeira. minha mãe diz que é da década de 30. pode ser, pode não ser.

domingo, 17 de agosto de 2008

tecer a casa, tecer


a casa da aranha que acorda na noite para tecer a casa da aranha,
acorda na noite para tecer a casa,
na noite para tecer,
para tecer,
a casa.

estruturas tensionadas? arquitetos, perguntem à aranha.




terça-feira, 12 de agosto de 2008

primeiro dia do resto da minha vida

11 de agosto, dia especial, comemoramos almoçando juntos. Como é bom poder retomar o negócio sonhado... entre faxinas e arrumações, meu ateliê toma jeito de lugar de criar, recriar, inventar, fazer. as fotos serão postadas logo. muita agitação interior, ansiedade de começar logo, mas tudo dentro do cronograma que elaborei para não me atropelar: primeiro o que deve ser primeiro, depois, o mais! e a vida flui...

quinta-feira, 31 de julho de 2008

siamo tutti italiani



cozinhar no domingo junto com meu amado sobrinho, depois comer aquele macarrão com mangericão colhido na porta da cozinha é uma das coisa lindas da vida. Obrigada Guto meu amor.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

O TAMANHO DAS PESSOAS - William Shakespeare

Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Uma pessoa é enorme para ti, quando fala do que leu e viveu, quando te trata com carinho e respeito, quando te olha nos olhos e sorri.

É pequena para ti quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade, o carinho, o respeito, o zelo e até mesmo o amor.

Uma pessoa é gigante para ti quando se interessa pela tua vida, quando procura alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto contigo. E pequena quando se desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos da moda.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas.

Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande.

Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. O nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.

Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente torna-se mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.


Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande... É a sua sensibilidade, sem tamanho...


sábado, 28 de junho de 2008

O catador - Manoel de Barros


Um homem catava pregos no chão.

Sempre os encontrava deitados de comprido,

ou de lado,

ou de joelhos no chão.

Nunca de ponta.

Assim eles não furam mais - o homem pensava.

Eles não exercem mais a função de pregar.

São patrimônios inúteis da humanidade.

Ganharam o privilégio do abandono.

O homem passava o dia inteiro nessa função de catar

pregos enferrujados.

Acho que essa tarefa lhe dava algum estado.

Estado de pessoas que se enfeitam a trapos.

Catar coisas inúteis garante a soberania do Ser.

Garante a soberania de Ser mais do que Ter.


Tratado geral das grandezas do ínfimo, Editora Record - 2001, pág. 43.

Manoel Wenceslau Leite de Barros nasceu em Cuiabá (MT) no Beco da Marinha, beira do Rio Cuiabá, em 19 de dezembro de 1916.

sábado, 21 de junho de 2008

de flor a caroço

flores são para enfeitar, encantar os olhos, mas frutas... ah as frutas... elas são para deliciar todos os sentidos. descobrir as flores que sabem virar frutas cobrindo os troncos e ramos antes pelados, faz pular o coração. e começa uma nova história, em capítulos: as flores transformadas em pequenos botões, ensaiando a grande fruta. depois vem as frutas, inchando sob o sol , vestindo roupa nova a cada dia. e, quando menos se espera, estão prontas, oferecidas, querendo ser tocadas. a mão se estende, o sabor antegozado. a mão se recolhe, parece ser proibido interromper aquele ciclo. se deixadas como estão em suas árvores, vão cumprir sua missão de alimentar, senão quem não as colheu, pelo menos alguns pássaros. quando não são daquelas frutas que os pássaros mais gostam, vão pintar o chão com suas tintas, misturar-se às folhas que as precederam na queda e virão os insetos se lambuzarem em seus odores e sabores e cores. e elas, as frutas, terão sido, de flor a caroço, doce alimento.

no meu quintal tem um pé de guaraná

manhã de junho

sábado, seis da manhã, a alegria de estar aqui

acordar aos sábados às seis da manhã por opção é maravilhoso, por obrigação, uma tortura. mas como a natureza é sábia e tem consciência de que esta sua filha merece ser feliz, faz esta lua cheia brilhar ainda no céu, preguiçosa como a observadora encantada. e tudo se ilumina, por dentro, na alma. e mais um dia flui... como deve ser.

sábado, seis da manhã

sábado, seis da manhã

sexta-feira, 13 de junho de 2008

pedi a um amigo que fosse fotografar o prédio onde morei em londres ha alguns anos. ele foi, mas tinha lá em frente uma caçamba e ele ficou com preguiça de dar a volta para fotografar a porta de entrada. fiquei feliz assim mesmo. quem sabe, peço uma foto nova só da porta que eu gostava tanto!

uma antiga casa antiga

so pra conferir


2, devonshire street, london