quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

 
sensações

o roçar dos nossos corpos , vício de veludo;
nossos cheiros farejados,
bocas e sexos degustados,
nossos sons em delírio  dissonante,
olhar no olhar , vertigem dos abismos.

Tudo em nós  se exalta,
Os corpos ardem
Se confundem
Se fundem
Se perdem
Se acham.


Em  solidão, vicio dos vícios,
toque, cheiro, gosto, gemidos, tudo desperdiçado.
Em mim o anseio por sua volta.
De novo você em mim,
Por um segundo,
Um lapso.

E a derradeira sensação, a que  me resta:
Anestesia sem a nossa festa.
                              
(aurea)
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gato jardineiro


não ha planta que resista. esse gato adora dormir em vasos.

O avesso da paixão

A calma e a serenidade,
O silêncio interior,
A paz do espírito que se eleva,
A visão do pequeno todo da própria vida
Da amplidão do pequeno espaço conquistado.

Não mais  a ânsia da expectativa,
Só a doçura de conhecer e não mais  querer,
Só a compreensão da dor sem mais doer,
Só a alma aberta como outrora os braços,
E os braços, finalmente os braços,
Um enorme abraço.

(aurea) 
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acerolas


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011


Vagalume


Vagalume de vôo incerto,

dança no meu jardim.

Imprevisível como a vida.

Seu acender e apagar nunca sabemos.


Mas a lição fica:

Onde quer que seja, quando for, será.

E a luz reacende!

(aurea)
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Mil perdões

  

Não se tranque em silêncio
Fala tua alma para a minha.
Não te doa nenhuma ferida
Que a tua dor me dói tão funda
Que de pensar em não te ouvir,
Que de pensar em teu sofrer
Paro a vida , suspensa a fingir
Que sua voz não vou querer.

Fala tua alma,
Devolve meu palpitar.
Cicatriza,
Me faz de novo sonhar.

(aurea – 15dez11)
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sábado, 24 de dezembro de 2011







acerolas lindas ao sol de verão

meu  presente de natal a todos vocês é meu lindo cacto que floresce sempre nesse dia

olhem só o  detalhe no canto inferior esquerdo (um brinde para quem advinhar o que é)

petúnias gloriosas


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

carta a um amigo


meu querido amigo,

outro dia escrevi um texto sobre paixão para introduzir a letra da música apaixonada do ........... falei de uma pessoa que admiro como artista e dos seres em geral quando se apaixonam. sei por experiência. também já me apaixonei várias vezes. também já fui consumida por esse fogo muitas vezes. também sofri essa ansiedade de tirar o fôlego várias vezes.


agora, estou falando do contrário disso. do tempo quando as pessoas superam esse desassossego e finalmente alcançam a serenidade, a calma. de quando elas podem amar verdadeiramente as pessoas, sem paixão, apenas com doçura,  compreensão, boa vontade, paciência, solidariedade. tempo da delicadeza! tempo em que se pode declarar o amor abertamente, sem que se criem impressões errôneas, sem que se criem suspeitas de segundas intenções. tempo em que o abraço e o beijo são permitidos sem constrangimento. eu te contei da menininha que abriu os braços num enorme abraço  para mim. naquele momento, éramos idênticas; ela na doçura e inocência de quem pode abraçar e beijar  a todos sem nenhuma intenção e eu na doçura e  inocência que os anos me conferiram, sem nenhuma intenção que não fosse trocar meu amor com a pequenina desconhecida. claro, não somos iguais, pois ela é infinitamente melhor que eu na sua pureza, mas as paralelas que nos mantinham diferentes naquele momento convergiram e convergirão até que eu me torne de novo uma criança. preciso envelhecer mais para que isso aconteça  sem recaídas e sem dor, na compreensão total de que, ao final, o que resta é o amor.
(aurea)
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